NO DEVAGAR DEPRESSA DOS TEMPOS...
Em 2013 fizemos história!
Contamos histórias,
contamos os dias, as horas;
contamos com os outros.
Cantamos em roda,
Encantamos,
Encantamo-nos diversas vezes,
em cantos p-a-r-t-i-d-o-s,
di-versos.
Construímos universos: de lutas,
desejos e sonhos!
Conhecemos olhares que iluminaram
esquinas e curvas e noites
Guardamos sorrisos, abraços,
palavras,
enleios, partilhas, chegadas,
partidas
Arranjos, encontros, desencontros
e despedidas.
E nesse “devagar depressa dos
tempos”
reconhecemos “o mais importante e
bonito do mundo”:
“que as pessoas (e as coisas) não
estão sempre iguais,
ainda não foram terminadas,
vão sempre mudando” (G.Rosa)
Aprendemos que todo ponto final é
lugar de passagem. Por isso:
partimos ante a pretensão de
verdades irrefutáveis
seguimos em frente, quando da
revelação de “certezas absolutas”;
ignoramos os lugares
estabelecidos;
reviramos o que antes parecia
imutável.
Compreendemos o essencial:
“Que tudo muda,
que nada permanece o mesmo”;
que “as mesmas águas não nos
banham duas vezes” (Heráclito)
que o caminho é lugar de
salvação;
que a felicidade não está no
porto, mas na viagem
que a aventura dessa viagem é só
o que vale a pena. (E. Galeano)
“No meio do caminho tinha uma
pedra”, (Drummond)
Na verdade, várias pedras e
rochas e pedregulhos!
Mas nós as carregamos,
Nós as saltamos;
Nós as lançamos para fora do
caminho;
Nós construímos pontes lançando
mão das pedras contempladas ao
longo caminho.
Edificamos, juntos, outros
caminhos!
Inventamos um novo jeito de
caminhar!
FELIZ 2014!
